sábado, 10 de setembro de 2011







“Incômodos: para quem ainda vir a me amar!” é uma obra cênica onde estou conversando comigo: discutindo o meu amor e as instâncias institucionais que cercearam a minha livre expressão de amar. Então, neste caminho do “eu-tempo” histórico, descubro que a moral judaico-cristã-capitalista principalmente através da imposição do mercado, do catolicismo e dos movimentos evangélicos foram, proeminentemente, os construtores dos valores perversos, que até certo tempo de minha vida tive que prestar obediência. Além disso, hoje percebo que a origem da força tirânica que sempre tentou dominar os meus impulsos amorosos está nos antigos hebreus – como precisavam aumentar a sua população para não serem escravizados, toda a atividade sexual que não provocasse o aumento de sua população, estava completamente desautorizada. Tirania reafirmada com o surgimento da Igreja Católica através de seu discurso das leis da natureza e da sexualidade apenas com fins reprodutivos. Tirania confirmada pelo capitalismo e toda a sua necessidade de construção de mão-de-obra, tanto para manter o aumento do capital das classes dominantes como para a reserva de mãos para o trabalho.

Consequentemente desejo compartilhar a minha recusa a esses valores. Assim, expondo minha cura ao afirmar uma crença e prática na liberdade afetiva e na celebração da alteridade. Portanto, as citadas questões, compõem uma poética do mergulho em mim que só pode existir porque se compartilha, se partilha, se divide e se multiplica. É o emergir das profundezas do “eu-corpo” em direção às comunidades que transito e as que tenham interesse em compartilhar saberes e vivência do estar no mundo.

Celebro os profetas da revolução.

Por uma livre afirmação criativa.

Por uma livre afirmação de amar.

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